São José é, como diz a Igreja, amante da pobreza. Ama os pobres e desamparados, compreende-os e ajuda-os, porque também ele foi pobre e experimentou as dificuldades da pobreza.
Sendo o provisor da Sagrada Família, trabalhava para que nada faltasse do necessário aos que Deus lhe confiara, Jesus e Maria.
Quanto sofreu em Belém, ao verificar que não podia dar à sua bendita esposa e ao seu Deus Incarnado, o aconchego de um lar! Depois, quantas dificuldades no Egipto até criarem condições estáveis de sobrevivência! Quantas vezes terá feito o trabalho de carpinteiro naquele país e em Nazaré, e não tendo recebido pagamento, que lhe fazia falta, a tempo e horas!
Hoje há tanta gente sem lar, vítima das guerras e dos cataclismos!
Tantos noivos que precisam de casa, tanta gente que se vê obrigada a fugirem das suas pátrias, tantos emigrantes! Oh! Recorramos a São José e encontraremos nele um amigo e protector. As congregações religiosas, no início das suas fundações, os jovens casais e todos os que sofre qualquer carência, consagrem-se a São José e peçam-lhe que resolva os seus problemas, como outrora resolveu os problemas da Sagrada Família.
Exemplo:
Há já bastantes anos sucedeu o seguinte: – Uma família – composta de pai, mãe e uma donzela de nome Josefina e que fora baptizada com este nome em honra de São José – vivia em Paris. Tinham vivido bem, mas a doença prolongada do chefe da família fê-los cair na miséria. Não há que comer; Josefina não encontra trabalho e os remédios começaram a faltar!
É o dia 19 de Março, festa de São José. Olhando para a Imagem do seu patrono, Josefina tem uma ideia: escreve uma carta contando em breves linhas a sua situação, ata-a à perna duma pombinha e diz-lhe: sai, minha amiguinha, vai aonde São José te mandar, em busca de pão para nós e para ti. Dizendo isto soltou-a e, caindo de joelhos junto de São José, suplicou-lhe que a socorresse. Passaram algumas horas, a campainha da porta retine, Josefina vai abrir. Aparece um senhor, seguido dum criado com um grande pacote. Os pais de Josefina acorrem. É aqui que mora a menina Josefina? – Sou eu mesma. Queira entrar.
– Quero dizer-lhes a que venho: sou muito devoto de São José e prometi em sua honra não recusar o primeiro pedido que hoje, dia da sua festa, me fosse feito. Estava sentado à minha mesa de trabalho, quando pela janela me entrou uma pomba com uma missiva. Como vou montar um estabelecimento de roupas brancas, venho convidar a menina Josefina para o dirigir e também pagar-lhe adiantado o primeiro mês de ordenado, que encontrará junto a este embrulho que trago para si.
Quando ouviram o relato de tudo, pai, mãe e filha caem de joelhos chorando, agradecendo ao seu grande benfeitor, São José. Entrou naquele lar uma nova vida.
Josefina era simpática, educada, piedosa e pura como um anjo. O patrão notou todas estas qualidades, enamorou-se dela e recebeu-a em matrimónio. Foram felizes… Na casa, em lugar de hora, na sala de visitas, a Imagem de São José preside àquele lar, alumiada sempre e ornada de flores frescas. A seus pés, uma pombinha embalsamada, lembra perpetuamente a mensagem que tornou felizes os donos da casa.