No dia quatro de Setembro, a Igreja Matriz de São João das Lampas teve o privilégio de receber e acolher um grupo de vinte e um Peregrinos vindos da Polónia.

Com destino a Fátima, de bicicleta, o grupo chegou perto das quinze horas, hora da Divina Misericórdia e de paragem obrigatória para a celebração da Santa Missa e recitação do terço. Com eles veio, também, o Pe. Thomaz, companheiro de peregrinação e orientador espiritual do grupo, trazendo consigo tudo o que seria necessário para a Celebração.

A Igreja encheu-se de vozes que transportavam os fiéis e os mais curiosos para um país longínquo, recordando Santa Faustina Kowalska e apelando ao Misericordioso Coração de Jesus. Recordemos, também nós, as palavras desta Santa que aplacou a ira de Deus e nos ensinou a salvar tantas almas :

“À noite, quando me encontrava na minha cela, vi o Anjo executor da ira de Deus. Estava vestido de branco, o rosto radiante e uma nuvem a seus pés. Da nuvem saíam trovões e relâmpagos para as suas mãos e delas, só então, atingiam a Terra. Quando vi esse sinal da ira de Deus, que deveria atingir a Terra, e especialmente um determinado lugar que não posso mencionar por motivos bem compreensíveis, comecei a pedir ao Anjo que se detivesse por alguns momentos, pois o mundo faria penitencia. Mas o meu pedido de nada valeu perante a Cólera de Deus. (…) Porém, nesse mesmo momento senti em mim a força da graça de Jesus que reside na minha alma; e, quando me veio a consciência dessa graça, imediatamente fui arrebatada até o Trono de Deus. (…) Comecei, então, a suplicar a Deus pelo Mundo, com palavras ouvidas interiormente. Quando assim rezava, vi a impossibilidade do Anjo em poder executar aquele justo castigo, merecido por causa dos nossos pecados. Nunca tinha rezado com tanta forca interior como naquela ocasião. As palavras com que suplicava a Deus eram as seguintes: Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro; pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós. No dia seguinte pela manha, quando entrei na nossa capela, ouvi interiormente estas palavras: Toda vez que entrares na capela, reza logo essa oração que te ensinei ontem. Quando rezei essa oração, ouvi na alma estas palavras: Essa oração serve para aplacar a Minha ira. Tu a recitarás por nove dias, por meio do Terço do Rosário da seguinte maneira: Primeiro dirás o PAI NOSSO, a AVE MARIA e o CREDO. Depois, nas contas de PAI NOSSO, dirás as seguintes palavras: Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro. Nas contas de AVE MARIA rezarás as seguintes palavras: Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. No fim, rezarás três vezes estas palavras: Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro” (Diário, 474- 476).

Jesus disse-lhe ainda: “Defendo toda alma que recitar esse terço na hora da morte, como se fosse a Minha própria glória (…) Quando recitam esse terço junto a um agonizante, aplaca-se a ira de Deus, a misericórdia insondável envolve a alma” (Diário, 811)

Tal como estes peregrinos tão devotos, rezemos também nós o terço da Misericórdia todos os dias às 15 horas (hora da Morte de Santa Faustina), pois “Por ele [o Terço da Divina Misericórdia] conseguirás tudo, se o que pedires estiver de acordo com a Minha vontade” (Diário, 1731).

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