«O teu Pai, que vê o que está no oculto, te dará a recompensa» (Mt 6, 18).

Iniciamos o Tempo Santo da Quaresma com a celebração da bênção e imposição das cinzas e, durante quarenta dias, somos convidados a aproximarmo-nos do Senhor que, por amor, deu, e continua a dar, a vida por nós.

Este ano a Quarta-feira de Cinzas coincidiu com o dia de São Valentim, habitualmente chamado de dia dos namorados, o que acaba por ter uma ligação com este tempo que agora se inicia: pois é na dádiva de Cristo que sentimos e vemos o amor de Deus pela humanidade e amor esse que é incondicional e misericordioso.

Na celebração Eucarística desde dia, o Sr. Pe. Alberto de Oliveira falou-nos sobre os três remédios, que Jesus nos dá também no Evangelho que escutámos (Mt 6, 1-6.16-18) a esmola, a oração e o jejum.

Falou-nos, então o Senhor que, quando dermos esmola, não saiba a nossa direita o que faz a esquerda, que não nos devemos vangloriar do bem que fizemos pois, Deus que tudo vê já nos recompensou por isso. Acrescentou o Sr. Prior, na homilia, que mais do que partilhar os bens materiais, que é importante se for dado de coração sincero e não para “nos livrarmos deles”, mas também a nossa doação aos outros com gestos, palavras e, particularmente, com presença junto dos outros.

Diz-nos o Senhor que quando rezarmos devemos fazê-lo no nosso quarto à porta fechada, com isto não nos diz que devemos deixar de vir à Igreja e participar na comunidade à qual pertencemos desde o dia do nosso baptismo, e, explica o nosso prior, que esse entrar no quarto é entrar em nós mesmos, na intimidade com o Senhor que está em cada um de nós.

O terceiro remédio é sem dúvida o jejum e abstinência. Jesus diz-nos que quando jejuarmos não temos de mostrar que o fazemos, pois o Senhor sabe e nos recompensará por isso. Mais do que o jejum das comidas é o jejum das más palavras, pensamentos e intenções, mas também, por exemplo, dos telemóveis e televisão às refeições para podermos dar atenção aos nossos, partilharmos o nosso dia-a-dia, as nossas alegrias e preocupações…

Neste tempo propício para a conversão do coração, procuremos descer para podermos subir de encontro à Páscoa do Senhor.

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